domingo, 21 de novembro de 2010




Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: auto-estima. Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é: autenticidade. Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de: amadurecimento. Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é: respeito. Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama: amor-próprio. Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é: simplicidade. Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes. Hoje descobri a: humildade.Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é: plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é: Saber viver! 
(Charles Chaplin)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mas até quando ?

Ela está lá todo dia. É daquelas que maquia bem, suas roupas são impecáveis e seu perfume é inesquecível – apesar de já terem dito que nunca a viram tão bonita quanto naquele sábado que ela passou o dia de pijama e com o cabelo preso. É inteligente, escreve como ninguém,  estuda, sai com as amigas e ainda arranja tempo para suas manias. Ela adora gastronomia contemporânea e medieval mas não dispensa uma miojo em noites preguiçosas ou um McDonalds depois da balada. Diz as frases certas e sorri quando gostaria de gritar. Adora crianças e cachorros, quer casar, ter filhos e já pensou em como seria usar seu sobrenome. Mas não se preocupe, ela sabe melhor do que ninguém o tempo de cada coisa. Ela é daquele tipinho, sabe? Que gosta de dançar, gosta de beber, gosta de viver. Sabe quando parar mas não para até ELA desejar. Ela manda na sua própria vida mas deixa você escolher o cardápio do dia. Quando você diz que não gostou da roupa dela, ela lamenta e vai assim mesmo. Sua opinião, suas escolhas, seu jeito – não tente mudar. Sabe fazer lasanha, ponto-cruz e dengo. Alguns dias prefere champagne e música alta, outros prefere pizza e cobertor. Ela é uma surpresa, ela adora surpresas. É o tipo que diz preferir dar presentes do que receber, mas seu coração sempre se derrete com aquele laço vermelho na sacola da sua loja predileta. Adora jóias mas dá um imenso valor pra aquela flor que você fez com o guardanapo do restaurante ou aquela rosa que você comprou do tiozinho enquanto ela ia ao banheiro. Todo mundo nota que ela é especial. Ele não nota, ele nunca notou. Ela sempre esteve lá. Mas até quando?